Rumo ao invisível – Perce
Finalmente a caminho do Invisível!
Qual rota maravilhosa deste mundo seguiste?
Abrindo tuas asas, sacudindo tuas penas,
Tu escapaste desta gaiola.
Subiste ao céu onde começa o mundo da alma.
Eras um falcão inigualável
Mantido por uma velha –
Até o tambor te despertar
E te levar através do espaço e do tempo.
Qual um rouxinol apaixonado
Era teu voo, entre as corujas –
Até que sentiste o perfume do Jardim das Rosas
E fugiste para encontrar a Rosa –
O vinho deste mundo efêmero,
Ah, que dor de cabeça!
Bateste à porta da morada da eternidade;
Como uma flecha que impeliste com o arco para longe
Voaste até o centro do puro olhar da felicidade.
Ao mundo fantasmagórico aqui embaixo, cheio de sinais falsos
Viraste as costas; avesso a toda ilusão
Foste para a terra da verdade.
O sol é tua dádiva!
O que farias com uma coroa?
Estás liberto deste mundo –
Por que te envolverias em um manto?
Dizem que mal consegues ver tua alma.
Mas, ainda deves vê-la?
Tu és a alma das almas!
Oh coração, que belo pássaro tu és.
Em busca das alturas sagradas
A batida de tuas asas tornaram farpas
As lanças pontiagudas de teu inimigo!
Toda flor teme o outono, mas tu, não?
Tu, Rosa intrépida
Que especialmente no vento mais gelado cresce e floresce.
Vieste abaixo como a chuva do céu sobre o telhado deste mundo.
Em todas as direções seguiste e escapaste
pelos buracos mais profundos.
Silêncio.
Liberta-te da dor da fala.
Não durma, agora que encontraste o abrigo
Nos braços do Bem-amado
Rumi – Nos Braços do Bem-amado.
Jonathan Star New York 1997 ◊