Símbolo
Em Apocalipse 1:8, 21:6 e 22:13, lemos: “Eu sou o alfa e o ômega”, no sentido de “o primeiro e o último”, e de “o começo e o fim”. Para os gnósticos, essa é uma observação verdadeiramente maravilhosa: é a principal indicação da existência do “estrangeiro magnânimo” ou do “Outro” no sistema de vida humana, no microcosmo.
Aquele que fala “Eu sou o alfa e o ômega” é o ser elevado que aparece a João explicando sua missão e seu propósito de vida. Essa elevada entidade é o Cristo, o anjo ou o protótipo do homem-espírito, que diz que foi, é e será por muito tempo antes e depois que o ser humano que ouve essas palavras tenha desaparecido.
Ao longo dos séculos, o ser humano que busca a luz sentiu esses símbolos do alfa e do ômega como um reconforto e uma promessa cheia de esperança. Os primeiros cristãos os afixaram como pinturas de parede nas catacumbas e, mais tarde, nos sarcófagos em que foram enterrados; os cátaros gravavam esses sinais no interior de suas moradas nas montanhas.
Quem morresse em Cristo viveria com ele (in Jesu morimur).
As letras alfa e ômega são frequentemente representadas em bandeiras e brasões – com relação à palavra labarum (estandarte militar romano) – combinadas com o monograma de Cristo, o Chi-Ro (ΧΡΙΣΤΟΣ, ou Χριστός). Assim, o cosmo e o microcosmo estão conectados no coração e na consciência: o a e o Ω, como sinais do ser humano renascido no microcosmo.
O Chi-Ro é o símbolo da alma eterna do mundo que, como a Terra, é uma entidade viva, e que, segundo Platão, é tanto quanto possível igual a Deus: “Ele (Deus) pôs a inteligência em uma alma e a alma em um corpo e os combinou com a construção do Universo, finalizando-o de maneira a torná-lo uma obra que era, por sua própria natureza, de perfeita beleza e perfeita bondade”. ◊
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Pentagrama no 1 / 2108