Mistérios e desafios do nascimento, da vida e da morte. Tornar-se um novo homem – André de Boer

Livros

A série de livros de grande sucesso da Biblioteca de Textos Espirituais, editada pela Rozekruis Pers, é baseada em textos espirituais clássicos cuidadosamente selecionados, a respeito dos quais André de Boer dá uma visão clara, principalmente sobre a antiga tradição viva dos rosa-cruzes, que se mantém há mais de quatro séculos.

Em seu livro Mistérios e desafios do nascimento, da vida e da morte o autor declara que já há algumas décadas estamos passando por intensa aceleração de consciência. O que foi vivenciado no passado a o longo de gerações, agora pode ser feito em uma única vida. Em todas as áreas, os processos de desenvolvimento estão acontecendo a velocidades vertiginosas e temos de fazer escolhas a todo instante, pois, se não as fizermos, alguém as fará por nós.

Se quisermos transformar nossa experiência com base em circunstâncias exteriores, precisamos trabalhar nosso interior pouco a pouco, pois o mundo exterior é o espelho de nosso mundo interior. Os desafios que teremos de enfrentar no século vinte e um não vão ser superados se apenas trabalharmos com mais firmeza. Para tanto, será necessário trabalhar com o coração, segundo o autor.

Em seguida, ele desconstrói a imagem usual de que “não somos completos como seres humanos”. A partir do princípio divino presente no coração, um novo homem pode tornar-se consciente em nós, desde que tenhamos condição de dispor do que se chama “conhecimento do coração” – em outras palavras, Gnosis, um saber interior.

A Gnosis não está ligada exclusivamente a uma filosofia ou religião: diversas correntes podem ser qualificadas de gnósticas. Todas ensinam que o homem pode seguir um caminho que o levará a viver cada vez mais com base na eternidade, e assim se regenerar até se tornar um novo homem.

O livro Mistérios e desafios do nascimento, da vida e da morte, fundamentado numa visão gnóstica, trata de assuntos importantes para nós: a vida e a morte. Estas não se opõem uma à outra, pois o contrário da morte não é a vida, mas sim o nascimento. A Vida não tem oposto: ela era, é e sempre será. Ela é um mistério, e talvez nunca sejamos capazes de compreendê-la inteiramente – mas podemos, contudo, analisá-la com mais profundidade.

Depois de minha morte, meu corpo vai se decompor, mas o que acontece com minha consciência? Ela também desaparece? Ou é ampliada? Existe um céu? Haverá uma reencarnação em outro corpo? Por que vivo na terra? O que devo fazer aqui? Essas são questões existenciais fundamentais para muitas pessoas no mundo inteiro.

É possível que as respostas a essas perguntas sejam vagas e individuais, mas, se vivificamos continuamente essas questões, elas se dissolverão gradualmente. Tornamo-nos nós mesmos a resposta.

Na verdade, a questão essencial não é questionarmos se existe vida após a morte, mas se realmente vivemos antes da morte. Nossa visão a respeito da vida e da morte determina a maneira como moldamos e vivenciamos nossa vida. Se levarmos nossa vida a sério, nossa morte também deverá ser considerada com seriedade.

A primeira parte do livro, com nove capítulos, fala sobre a vida e a morte segundo a visão gnóstica, com base em fragmentos tirados da Bíblia e da tradição viva da Rosa-Cruz. A segunda parte, Desafios da vida e da morte, compreende nove ensaios de diversos autores, nos quais são esclarecidas diversas questões práticas, entre outros temas. ◊

Pentagrama edição no 3 / 2017

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